Cie Gare Centrale

Bélgica



















Troubles: ô!..., iiii!..., ah!
MUSEU DA MARIONETA
26, 27 e 28 de Maio às 21h30

Performers: Agnès Limbos e Gregory Houben (à mesa) Trompete: Gregory Houben Encenação: Sabine Durand Figurinos: Françoise Colpé Concepção, cenografia e adereços: Agnès Limbos Desenho de luz e régie: Karl Descarreaux Efeitos especiais: Nicole Eeckhout Fotografia: Mélanie Rutten Adereço luminoso: Maria Brouillard Agradecimentos: Marie Kateline Rutten Técnica: Teatro de objectos Público-alvo: M/13 Duração: 65 min. Idioma: Inglês Co-produção: Théâtre de la Balsamine (Bruxelas)

Eles tinham planeado tudo muito cuidadosamente, mas…

Ô! Nova Iorque, por volta da meia-noite, entre o fumo de um cigarro e a bruma nocturna, um casal recém-casado prepara-se para uma longa noite de núpcias, que sonham ser perfeita e Hollywoodesca.

Iiii! Mas o sonho cor-de-rosa transforma-se num pesadelo cinzento, quando um lobo de olhos vermelhos se faz convidado a partilhar a mesa deles, a sua felicidade conjugal cai do sublime para o abismo.

Ah! Nesta vertigem onde o medo faz fronteira com o humor, eles tentam de alguma forma recuperar o seu equilíbrio para o pior e para o melhor… Entretanto, ao longe, a tempestade forma-se no horizonte...

Curtas-metragens teatrais. Três momentos da vida de um casal. Um pequeno toque sobrenatural que nos faz recordar ambientes misteriosos dos anos 50, um filme de Hitchcock... David Lynch.... Absolutamente imperdível!!

Agnès Limbos regressa ao FIMFA e submerge-nos no seu universo selvagem e hilariante, onde se diverte a reunir fantasia e realidade, tragédia e humor. Um teatro de objectos a saborear com satisfação, entre interpretação, mimo e clown.

Vertigem do amor… eles são dois. Ele, tem cerca de vinte anos e uma expressão cândida; ela, cerca de trinta anos mais velha, com uma aparência dos anos vinte. O duo, vestido de noivos, manipula os objectos, canta, toca música, troca palavras e silêncios… É um pouco a história de um casal em equilíbrio à beira de uma falésia… a pacífica lua-de-mel transforma-se num estranho thriller e leva-nos até à quarta dimensão, a não ser que seja no nosso subconsciente…
Omni, n.º 13, 2009

O cinema de objectos de Agnès Limbos
Eu tenho a impressão de ser como uma realizadora de cinema: há zooms, grandes planos, mudanças de escala… Para os artistas que ‘mexem coisas em cena’, muitas vezes o objecto torna-se uma marioneta. Para mim, o objecto deve conservar as suas propriedades e não deve se tornar outra coisa durante a representação. Por exemplo, um garfo deve manter-se o que é. Eu gosto que a ficção permita ao objecto ser a sua verdade. No meu atelier, não há senão objectos reconhecíveis, objectos manufacturados que recolho em feiras... Eu volto a dar ao objecto o seu próprio valor e, ao mesmo tempo, mudo o olhar que temos sobre ele, como fizeram os surrealistas, o que leva à liberdade de pensamento!
Au fil des choses, 05-2009

Agnès Limbos é uma actriz excepcional…
Le Devoir

A Cie Gare Centrale foi criada em 1984 por Agnès Limbos, tendo-se especializado numa forma teatral particular: o teatro de objectos. Para além da criação de espectáculos, a companhia organiza formações, ateliês sobre o teatro de objectos, participa em laboratórios internacionais e em residências de investigação com outros artesãos deste tipo de linguagem teatral. Desde 2002 produz um festival bienal em Bruxelas, reagrupando espectáculos de pequenas formas lúdicas, de residências artísticas e de exposições, em torno do teatro de objectos.

Em vinte e seis anos a companhia Gare Centrale criou um importante repertório, apresentado em todo o mundo. Desde a sua criação, os espectáculos têm sido distinguidos em numerosos festivais internacionais, como nas inúmeras digressões a Israel, Inglaterra, Espanha, Itália, Hong Kong, Alemanha, Áustria, Suíça, Canadá, Estados Unidos, França, entre outros.

Agnès Limbos nasceu em Huy, na Bélgica, em 1952, e passou parte da sua infância em África. Estudou Ciências Políticas e Filosofia. Preferiu as ruas do mundo aos bancos da Universidade. Iniciou um percurso pessoal que a levou à École Internationale de Théâtre Jacques Lecoq, em Paris, de 1977 a 1979; ao México, de 1980 a 1982; e à criação da Companhia Gare Centrale, em Bruxelas em 1984. Trabalha como autora, actriz, professora e acompanha jovens criadores. Através de uma linguagem visual em constante evolução, diverte-se a reunir, no universo por si inventado, fantasia e realidade, tragédia e humor.

No âmbito do Projecto Funicular, workshops intensivos dirigidos a profissionais, um projecto do CAMa – Centro de Artes da Marioneta em parceria com o Museu da Marioneta, Agnès Limbos vai orientar um workshop em Lisboa, em Setembro, intitulado “O actor face ao objecto”.

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