Espanha
A Manos Llenas
MUSEU DA MARIONETA
10 e 11 de Maio às 21h30
Criação, encenação e interpretação: Toni Rumbau Marionetas: Mariona Masgrau Música: Octavi Rumbau Coreografia das marionetas: Margarida Carbonell Colaboração, fotografias e desenhos: Jorge Raedó Figurinos das marionetas: Carmen González Restantes figurinos e adereços: Núria Mestres Ecrã de sombras: Raquel Bonillo Assistência técnica: José Menchero Assistência dramatúrgica: Rebecca Simpson e Luca Valentino Produção: La Fanfarra S.L. Técnica: Marionetas de luva e sombras Público-alvo: M/6 Duração: 50 min. Idioma: Espanhol
Toni Rumbau criou um novo espectáculo a solo com marionetas de luva e sombras, dirigido a todos os públicos, onde segue a linha das suas últimas montagens, como o já clássico “A Dos Manos”, presente no FIMFA Lx7, com grande êxito, ou outros, como "El Doble y la Sombra" e a ópera "Euridice y los Títeres de Caronte". Nesta nova criação, o actor-manipulador junta a tradição do teatro popular de marionetas com a linguagem mais visual das sombras, mãos e objectos.
Um espectáculo mágico que revela um novo olhar sobre as tradicionais marionetas de luva por um dos seus grandes investigadores e mestres… o mito da criação e o marionetista são agora também visíveis de uma nova forma… Sombras, marionetas, imagens, sons, ritmo trepidante da manipulação, subtileza, tradição, modernidade… Um trabalho de virtuosismo e de pesquisa, onde o marionetista utiliza a prática tradicional das marionetas como um trampolim para a busca de novas expressividades visuais e sonoras.
Um espectáculo mágico que revela um novo olhar sobre as tradicionais marionetas de luva por um dos seus grandes investigadores e mestres… o mito da criação e o marionetista são agora também visíveis de uma nova forma… Sombras, marionetas, imagens, sons, ritmo trepidante da manipulação, subtileza, tradição, modernidade… Um trabalho de virtuosismo e de pesquisa, onde o marionetista utiliza a prática tradicional das marionetas como um trampolim para a busca de novas expressividades visuais e sonoras.
Os grandes temas, arquétipos da tradição (o nascimento, a morte, a criação, a fome, a dualidade bem/mal, a liberdade…) aparecem tratados com a vitalidade desenfreada das marionetas de luva e com o olhar poético, profundamente simbólico das sombras. As marionetas: Pulcinella, o Cão, o Polícia, o Diabo, a Morte… O retábulo, um cubo alongado e translúcido, ilumina-se por dentro para se converter numa caixa de luz e de som, com uma música misteriosa. Uma caixa repleta de vida e de imagens, onde se oculta e palpita o hálito indomável e fecundo de Pulcinella, para além da utilização da “palheta” e a música ao vivo, com instrumentos simples, mas fortes.
No final, quando as marionetas regressam à sua caixa, esta, iluminada por dentro, transforma-se num novo retábulo, íntimo e pequeno: o palco onde a imaginação do público poderá implantar as suas próprias histórias.
“Uma caixa de sonhos… Na linha da melhor tradição marionetística, Toni Rumbau criou A Manos Llenas… nele estão presentes os elementos mais característicos deste género (participação e diálogo com o público, personagens que se perseguem, que se escondem, que batem com a moca ou com qualquer outro tipo de objecto contundente) e várias das suas personagens tradicionais (Polichinela, o diabo, o polícia…). Mas Rumbau não se limita a recolher com mestria esta estimável tradição, para além disso, converte o teatrinho na caixa dos sonhos, adicionando-lhe a magia ancestral da luz e das sombras.
… tem um grande atractivo visual (multiplica-se ao combinar marionetas e sombras), a sua encenação lida perfeitamente com o ritmo (utiliza as sombras como elemento de encandeamento entre as diferentes cenas), hierarquiza bem os elementos, tem uma manipulação perfeita e comunica com o público.
José Luis Melguizo, Heraldo de Aragón, Saragoça, 30 de Dezembro de 2009.
… Uma obra que reúne vitalismo e sensibilidade filosófica, com ingredientes de magia teatral e de simbolismo alquímico, cruzando-a com inusitada desfaçatez, o riso desapiedado de Polichinela, que nos incita à rebeldia e à liberdade. Para concluir: um trabalho onde Rumbau colocou o melhor de si mesmo, com uma boa contenção na forma e no tempo, como uma fiel homenagem a um dos trabalhos mais antigos do mundo...
Conrado Domínguez, Barcelona, 20 de Julho de 2009
Toni Rumbau, escritor, marionetista e encenador espanhol, nasceu em 1949 em Barcelona. Licenciado em Filologia, variante de Literatura Espanhola, Universidade de Barcelona. Em 1972 viajou pela Itália, Turquia, Irão e Afeganistão. Instalou-se na Dinamarca e residiu em Portugal de 1974 a 1975, onde viveu activamente a Revolução dos Cravos, tendo, inclusive, participado nas Campanhas de Dinamização Cultural do MFA. Membro fundador da histórica companhia La Fanfarra (1976) e do desaparecido Teatro Malic (1984-2002), sala alternativa pioneira, do qual foi também director. É também director e fundador do Festival de Ópera de Bolsillo y Nuevas Creaciones de Barcelona, iniciado em 1993. Como marionetista, para além dos guiões da maioria das obras de La Fanfarra, principalmente durante a sua primeira etapa, até 1992, destaca-se a criação da personagem Malic, um aventureiro ibérico. Percorreu o mundo inteiro com o espectáculo a solo A Dos Manos e outros espectáculos de La Fanfarra. Actuou em toda a Europa, Escandinávia, Marrocos, Egipto, Líbano, Turquia, Paquistão, Índia, China, Rússia, Brasil e Argentina. Autor de diversos libretos de ópera, como os que estreou com Joan Albert Amargós, para além de livros, como o recente “Malic, la aventura de los títeres”, sobre marionetas e teatro, que fala do seu passado, desde os seus tempos em Portugal, que ocupa um lugar muito especial no seu coração, uma vez que a sua vocação como marionetista iniciou-se no nosso País, de Espanha, do fim da União Soviética, das suas viagens ao Egipto, Índia, Paquistão, a Jerusalém durante a primeira guerra do Golfo, à China, a Macau…
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